Meu nome é Isadora, eu nasci numa cidadezinha pequena chamada Laguna no sul do Brasil, terra do boto. Ainda filhote, meus pais decidiram mudar pra Balneário Camboriú, e desde lá, estamos aqui. Sou formada em Comércio Exterior e já trabalhei na área por quase três anos, até que eu descobri que aquilo não era pra mim e acabei saindo da área.
Muita gente me pergunta por que eu saí, se não vou voltar, se minha faculdade foi em vão. Olha, conhecimento nunca é em vão, foi o que meu pai falou, mas é verdade, aprendi muito com a faculdade e também nos três anos trabalhando, experiência nunca é de mais. Mas a verdade é que não, eu não pretendo voltar pra área, pelo menos não pra área que envolva ficar sentado por horas em um escritório.
Acabei descobrindo que eu sou uma pessoa mais agitada do que eu achei que era. Imagina eu trabalhando pro resto da minha vida trancada numa salinha sem poder conversar com os outros, só mandando email pro chinesinho lá do outro lado do mundo? Cruzes, não era pra mim não.
Desde pequena eu sempre tive dois grandes sonhos, viajar pelo mundo e comprar um cavalo, pois é o segundo ainda ta na lista, quanto ao primeiro, decidi que eu ia viajar assim que terminasse a faculdade, tinha passado os últimos três anos guardando dinheiro pra isso. Então, quando eu tinha 20 anos, na última semana de aula, dias depois da entrega do meu Trabalho de Conclusão e Curso, eu já estava embarcando para a minha primeira viagem à Europa.
Eu sempre fui apaixonada por História e Cultura, e é disso que eu mais corro atrás quando eu viajo. Sabe aquela frase “quem gosta de coisa antiga é museu”, pois é, prazer. Adoro cultura exótica, e o sentimento de choque cultural aham, a pessoa fala isso até precisar usar um banheiro público na Índia. Minha viagem dos sonhos? Viajar a Trilha da Seda.
Quem viaja comigo?
Porque todo bom viajante tem um fotografo profissional junto… ou quase. Por sorte minha mãe tem quase
um espírito aventureiro dentro dela e vai comigo pra tudo quanto é canto, ainda bem porque eu não poderia ter uma companhia melhor! Não é fácil arrumar
uma dupla boa pra viajar e a sorte é que eu e minha mãe gostamos das mesmas coisas e temos a mesma disposição, o que inclui muitos anos de pouca academia e baixo preparo físico, mas o entusiasmo ajuda.
“Foi difícil convencer ela de viajar junto?” Alguns vão perguntar. Não, na real, ela sempre quis viajar. “Quem monta os roteiros?” A maior parte do tempo, nós duas juntas. “Quem escolhe os destinos?” Também nós duas, alguns lugares eu, outros a minha mãe, até hoje não tivemos problemas comigo querendo ir pra direita e ela pra esquerda.